IGREJA ORGÂNICA X IGREJA INSTITUCIONAL


IGREJA ORGÂNICA X IGREJA INSTITUCIONAL, QUAL MODELO CONVÉM?




O objetivo do estudo sobre o assunto, não é dizer qual é o melhor modelo e o correto a seguir. Precisamos lutar sempre pela purificação daquilo que está errado dentro da Igreja, seja ela institucional ou orgânica. Combatamos o pecado. Oremos contra os falsos mestres. Preguemos contra as heresias. Desmascaremos as doutrinas de demônios. Denunciemos os líderes abusadores. Lembremos que a igreja são pessoas e como pessoas, são imperfeitas e continuará assim enquanto eu for membro dela. Não deixa dúvidas quanto ao estado de imperfeição, corrupção, falibilidade e miséria em que a igreja militante se encontra no presente, enquanto aguarda a vinda do Senhor Jesus, ocasião em que se tornará igreja triunfante. Seja qual for o modelo, deve ser uma igreja que se preocupe em agradar a Deus pregando o que a Bíblia ensina sobre a salvação. Mostrará a necessidade da fé, do arrependimento e do batismo para remissão dos pecados (Marcos 16:15-16; Atos 2:38; 22:16; Gálatas 3:26-27). Não modificará a mensagem para agradar aos homens, mas sempre falará a sã doutrina. Paulo orientou Timóteo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (2 Timóteo 4:2-5).


O QUE É IGREJA CONCEITO:


De acordo com site http://www.significados.com.br/igreja (Igreja), do latim ecclesia, é um templo cristão, é o local da pregação dos ensinamentos de Cristo, obedecendo os princípios da ética cristã. Igreja é o conjunto de fiéis unidos pela mesma fé e que celebram as mesmas doutrinas religiosas. Em sociologia Igreja é um grupo religioso organizado e institucionalizado. É uma sociedade cujos membros representam da mesma maneira o mundo sagrado e suas relações com o mundo profano. Como grupo, uma igreja abrange uma comunidade dos que creem e, geralmente um corpo de sacerdotes, hierarquizado ou não. Como instituição, a igreja representa um sistema de preceitos dogmáticos, ritos e crenças. Algumas pessoas usam “igreja” para descrever um belo edifício no centro de uma praça proeminente. Outros a usam para descrever uma organização religiosa mundial, completa com regiões e distritos.


O QUE É UMA IGREJA INSTITUCIONAL?


Vamos ao dicionário: “instituição” é “organização, estrutura”. Por essa definição, a Igreja institucional seria um agrupamento de cristãos em que a manifestação de seu relacionamento e culto a Deus se dá numa estrutura organizada. Eis o que caracterizaria uma igreja institucional: uma comunidade de pessoas que compartilham da mesma fé e que montam uma estrutura (com hierarquias, estatutos, liturgias etc) para que possam manifestar sua fé em Jesus Cristo de modo organizado.


O QUE É UMA IGREJA ORGÂNICA OU (IGREJA NAS CASAS)?

Ser orgânico é ser natural e não artificial ou superficial. Espontânea e não fabricada. Feita em casa, e não industrializada. De graça, e não comercializada. Onde todos são iguais como num organismo vivo, e não com hierarquias e cleros. Conteúdo natural, doméstico, e não artifícios e estratégias para domínio do povo. Alimento orgânico é saudável e não com agrotóxicos, venenos, conservantes e acidulantes. Orgânico é sustentável e não poluente ou contagioso. Orgânico é simples e não formalizado, cheio de dogmas e protocolos. As perguntas de hoje, como seriam respondidas no passado? " Se, no passado, alguém perguntasse para o apóstolo Pedro: Irmão Pedro, onde fica a sua igreja? Como Pedro responderia?" Oportuna e sábia essa pergunta para ilustrar as considerações que serão apresentadas agora. Você saberia como responder no lugar do apóstolo Pedro? É comum as perguntas para nós, dentro do mesmo contexto: Qual a igreja do irmão? Qual a igreja da irmã? Qual a sua igreja? Qual a doutrina da sua igreja? Primeiro: não haveria a expressão "a sua igreja" na pergunta. Segundo: não haveria a expressão "a minha igreja" na resposta. No passado, quando perguntassem ao apóstolo Pedro, sobre a "sua igreja", a resposta, diante da Palavra de Deus, seria: - Não tenho a minha igreja, mas, a Igreja do Senhor Jesus Cristo, única, está na face da terra e não tem nome de identificação, pois, é um corpo único mesmo espalhada em todo o mundo. Os locais são diversos, mas, a igreja é a mesma e única. Até agora, que eu saiba, nenhum obreiro, bispo, pastor, presbítero, diácono, causou divisão, e separou ou arrastou parte do rebanho para si ensinando um "outro evangelho de um outro jesus". Precisamos compreender que a igreja não é um edifício, um templo, uma construção ou um local para reuniões. Também não é uma instituição ou organização religiosa. Veja o que a bíblia diz: Ef 1:22-23 “E sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas.”

                                          

 A Igreja é o CORPO DE CRISTO, do qual Ele próprio é o CABEÇA!

 Rm12:4-5 “Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros.” 1Co12:12-23 “Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito.” A igreja é o corpo de cristo, e nós somos membros desse corpo, ligados uns aos outros. A Igreja é a parcela da humanidade que tem Jesus Cristo como O Cabeça, ou seja, como o Senhor de suas vidas. É o conjunto de TODAS as pessoas que são salvas e redimidas pelo sangue de Jesus. Que tem COMPROMISSO umas com as outras e com Deus. Pessoas que CREEM no Seu nome e OBEDECEM as Suas ordens. Ef4:15-16“Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor.” A igreja é a FAMÍLIA que Deus se propôs a ter segundo o seu beneplácito, segundo a sua vontade, segundo as abundantes riquezas da sua graça. A igreja está classificada em duas partes: Igreja Universal; Igreja Local. Igreja Universal – é a reunião de todos os santos em Cristo Jesus, pecadores que foram salvos pela Graça que juntos formam o corpo de Cristo. Ela também é conhecida como Noiva de Cristo. A igreja não é um local com muros, ela não é feita de tijolos, não é dominada por regras humanas, pois se o foco e o alvo é Cristo então vão obedecer somente a ele e a sua Palavra. Características: · É sua Igreja. (e não nossa); · É uma única Igreja (Jesus só tem uma Igreja, e não muitas) · Edificada pelo próprio Cristo; · Edificada sobre a Rocha (verdade espiritual) que é Jesus; · Está fundamentada sobre a revelação de que quem é Jesus, o filho do Deus vivo; · É triunfante sobre as portas do inferno; · É Revestida de autoridade para ligar e desligar na terra e no céu. Igreja Local - Igreja que fica em uma determinada localidade. Características: · É composta de irmãos; · É envolvida em áreas de disciplina; · É suprida de um governo local; · É um corpo definido do qual uma pessoa pode ser expulsa; · É um corpo que tem poder para ligar e desligar no céu e na terra; · É unida em fé e oração; · É um grupo de pessoas identificadas com o NOME de Cristo; · Um povo no qual Cristo promete estar. Vejamos de forma mais específica as diferenças entre uma expressão orgânica de igreja e uma forma organizada (ou institucional) de igreja: Na Igreja institucional, a forma precede a vida da igreja. A Igreja começa com clérigos, cargos, programas, rituais, etc. Já em uma expressão orgânica, a forma da Igreja deriva da vida Igreja, assim como a forma do corpo humano deriva da vida do ser humano. A Igreja institucional se sustenta no ministério de um clérigo ou ministro profissional. Em uma expressão orgânica de Igreja, não há clérigos ou ministros. Na Igreja institucional, o clero se empenha em entusiasmar os leigos. A Igreja orgânica não reconhece tal distinção de classes. Na Igreja institucional, certas funções estão limitadas aos “ordenados”. A Igreja orgânica reconhece todos os membros como sacerdotes atuantes. Na Igreja institucional, seus congregantes são mantidos passivos durante o culto de domingo. Na Igreja orgânica, todos os membros são encorajados a participar nas reuniões da Igreja. Na Igreja institucional, os membros associam a Igreja a um prédio, uma denominação ou um culto (normalmente no domingo). Na Igreja orgânica, enfatiza-se que as pessoas não vão à Igreja. Elas (juntas) são a Igreja. Essa não é uma mera afirmação “teologicamente correta”. É a experiência de seus membros. A Igreja institucional é unida em torno de um conjunto de costumes e doutrinas. A Igreja orgânica é unida em torno de Jesus Cristo. Não há nenhum outro critério para a comunhão. A Igreja institucional é sustentada por programas. A Igreja orgânica se sustenta nas relações construídas em Jesus Cristo. A Igreja institucional depende de finanças para sobreviver – seus gastos principais são com a manutenção de prédios e cargos assalariados. A Igreja orgânica não depende de edifícios. Não há clérigos assalariados. Os recursos financeiros são gastos com “os pobres entre vós” e em obras extra-locais. Na Igreja institucional, a liderança é hierárquica. Na igreja orgânica, a liderança emana do Corpo. No início, apóstolos equipam a Igreja e, posteriormente, presbíteros emergem para juntos supervisionarem a comunidade. Na Igreja institucional, as decisões são feitas por clérigos ou por uma junta de representantes eleitos. Na Igreja orgânica, decisões são tomadas coletivamente, em consenso. Na Igreja institucional, o pastor é o líder e ministro da Igreja. Na Igreja orgânica, há uma pluralidade de pastores. Eles são homens dotados para cuidar do rebanho. Na Igreja institucional, há uma forte ênfase na frequência dos cultos de domingo, na manutenção do edifício e no aumento das finanças. Na Igreja orgânica, a ênfase é buscar o Senhor Jesus Cristo coletivamente, em comunhão “cara a cara”. Todas as outras coisas nascem a partir desta experiência. A Igreja institucional faz essencialmente a mesma coisa semana após semana, mês após mês, ano após ano – está atada a um ritual. A Igreja orgânica passa por fases. Não está atada a um ritual. Na Igreja institucional, dons são vistos como cargos. Pessoas são colocadas nestes cargos desde o princípio. Na Igreja orgânica, dons não são vistos como cargos, e sim como funções. Eles emergem natural e organicamente com trabalhe a partir de casa o tempo. Eles brotam da terra, e normalmente não carregam títulos. Na Igreja institucional, é típico que os membros não se conheçam muito bem, e se vejam apenas semanalmente nos cultos da igreja. A Igreja orgânica é sedimentada na comunhão. Os membros são como uma família uns para os outros. Eles vivem uma vida compartilhada em Cristo.

NÓS SOMOS O TEMPLO:

1Co 3:16 Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? 1Co 6:19 Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? A Igreja é formada por pessoas nas quais habita o Espírito de Deus. Assim, a Igreja é o templo de Deus. Deus habita na Igreja, nas pessoas. Onde quer que estejamos, carregamos conosco a presença de Deus! Ef 2:19-22 Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.

 A IGREJA NAS CASAS:

 A igreja que vemos no início do livro de Atos, formada por mais de 3.000 pessoas, não tinha salão de reuniões nem endereço, mas impactou a cidade com sua vida e se expandiu para o mundo todo. Como eles se reuniam? Como se edificavam? Onde se encontravam? At 2:44-47 “Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.” A Igreja se reunia no templo e nas casas. O templo aqui não era da igreja. Era o templo dos judeus, usado para os rituais judaicos e a igreja não podia entrar nele. Mas havia ali uma área externa, de livre acesso, semelhante a uma praça publica e os irmãos se encontravam ali para orar, proclamar e se edificar. Também se reunião nas casas, onde partiam o pão, oravam e se edificavam mutuamente. Foi o Espírito Santo quem conduziu a Igreja para as casa, pois quando se iniciaram a perseguição a Igreja se espalhou por toda a região e quanto mais era perseguida, mais se espalhava, atingindo até a Ásia, Grécia, Acaia e outras regiões. Onde quer que fosse morar um cristão era pregado o evangelho, ganhava pessoas para Cristo e a Igreja crescia. Se eles estivessem apegados a um lugar, a um templo , talvez a história da igreja terminasse aí. Em toda a bíblia não encontramos nenhum indício de construção de templos ou salões para as reuniões da igreja. Ela se reunia basicamente nas casas dos irmãos e em locais públicos. At: 20:20 como não me esquivei de vos anunciar coisa alguma que útil seja, ensinando-vos publicamente e de casa em casa. Rm 16:3-5;14-15 “Saudai a Prisca e a Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios. Saudai também a igreja que está na casa deles. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Ásia para Cristo”. “Saudai a Asíncrito, a Flegonte, a Hermes, a Pátrobas, a Hermes, e aos irmãos que estão com eles. Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, e a todos os santos que com eles estão.” I Co 16:15-19 “Agora vos rogo, irmãos - pois sabeis que a família de Estéfanas é as primícias da Acaía, e que se tem dedicado ao ministério dos santos - que também vos sujeiteis aos tais, e a todo aquele que auxilia na obra e trabalha. Regozijo-me com a vinda de Estéfanas, de Fortunato e de Acaico; porque estes supriram o que da vossa parte me faltava. Porque recrearam o meu espírito assim como o vosso. Reconhecei, pois, aos tais. As igrejas da Ásia vos saúdam. Saúdam-vos afetuosamente no Senhor Aqüila e Prisca, com a igreja que está em sua casa”. Cl 4:15 “Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia, e a Ninfas e a igreja que está em sua casa.” QUAL É A OBRA ESPIRITUAL DA IGREJA? Cristãos trabalhando juntos: As assembléias da igreja são ocasiões para adorar o Senhor e edificar aqueles que participam. Podemos ver claramente a natureza espiritual das atividades das igrejas primitivas. Os santos oravam juntos (Atos 4:31; 1 Timóteo 2:1-2). Eles pregavam o evangelho (Atos 4:33). Eles se reuniam para participar da Ceia do Senhor (Atos 20:7; 1 Coríntios 11:17-34). Os cristãos primitivos louvavam a Deus e edificavam uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais (Efésios 5:19; Colossenses 3:16). De acordo com a instrução apostólica, os cristãos aproveitam as assembléias no primeiro dia da semana para recolher dinheiro, o qual será usado para fazer a obra de que Deus incumbiu à igreja (1 Coríntios 16:1-2). A Bíblia mostra que cada membro do corpo tem uma parte importante na edificação dos outros irmãos (Efésios 4:11-16). A missão de ensinamento do evangelho: A igreja, como “coluna e baluarte da verdade” (1 Timóteo 3:15), tem o privilégio e responsabilidade de espalhar o evangelho de Cristo. É abundantemente claro, no Novo Testamento, que esta era a alta prioridade na vida de Jesus e de seus seguidores. Se somos verdadeiramente seus discípulos, essa será também nossa prioridade. A missão da igreja é espiritual: Os cristãos têm o privilégio de propagar a mensagem de salvação do evangelho.Devemos partilhar da atitude expressada por Paulo: Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. (Romanos 1:16). É por isso que os cristãos primitivos de Jerusalém foram tão diligentes em seu trabalho. Precisamos primeiro dar-nos ao trabalho. Nossa missão hoje é a mesma que a missão dos tessalonicenses, que levavam diligentemente o evangelho às regiões próximas da Macedônia e Acaia (1 Tessalonicenses 1:8). As instruções que Paulo deu aos coríntios mostram que um propósito significativo de suas reuniões era convencer os incrédulos e edificar os santos (1 Coríntios 14:24-26).

 QUAL É A OBRA MATERIAL DA IGREJA?

 Enquanto a prioridade da obra da igreja é claramente espiritual, há também um aspecto material. Em Atos 4:32-37, os discípulos contribuíram para aliviar as necessidades dos santos. A igreja de Jerusalém ajudou as viúvas pobres de seu meio (Atos 6:1-2). Quando as necessidades dos santos excederam a capacidade da igreja local, outras congregações enviaram dinheiro para ajudá-los (Atos 11:29-30; Romanos 15:25-26; 1 Coríntios 16:1; 2 Coríntios 8:4; 9:1-2; etc.) Deste modo, as igrejas mais ricas ajudavam as mais pobres, demonstrando a verdadeira fraternidade do amor que deverá caracterizar as igrejas de Cristo. O ponto importante quando pensamos no significado bíblico da palavra igreja é entender que fala de pessoas, e não de prédios. No uso popular, igreja pode significar edifício, mas no uso bíblico, nunca se refere a um local construído com blocos e cimento. O edifício é espiritual, e as pedras usadas na construção são os próprios cristãos. Com este entendimento, podemos evitar distorções populares. Uma igreja não precisa de “templo” ou “prédio” para ser real e legítima, precisa de pessoas! Evitemos, também, um outro extremo de alguns que ensinam que igrejas necessariamente se reúnem somente em casas. Enquanto algumas igrejas no Novo Testamento se reuniam nas casas de irmãos, não foi um padrão universal. Sabemos que uma igreja se reunia no Pórtico de Salomão (Atos 5:12), e outra em um cenáculo ou sala superior (Atos 20:8). Igreja institucional que se preocupa mais com a estrutura do que com as pessoas é uma instituição falida. Uma igreja institucional que funciona como uma empresa para sustentar a família do pastor ou que em vez de conduzir a igreja que somos nós, a Jesus, nos distancia, tem sérios problemas de saúde. Uma igreja institucional que perdeu a espiritualidade, a simplicidade e o senso de discipulado é oca! Em Atos 28: Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo; Pregando o reino de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Salvador, sem impedimento algum. Ser Igreja é estar unicamente ligado ao Redentor, não é ser evangélico. Nós não somos evangélicos, se evangélicos significa pertencer a uma denominação com códigos de leis humanas e líderes que se amontoam em uma convenção eclesiástica. Somos evangélicos, desde que o termo signifique ser do Evangelho, e propagar este Evangelho que é da Graça, isto é, não da lei, e é de graça, isto é, não comercializado.

 "QUAL A IGREJA QUE JESUS VAI LEVAR PARA A SUA GLÓRIA?"

Ele vai levar a sua Igreja (Mt 16. 18), "igreja gloriosa, sem mácula, mas santa e irrepreensível", Ef 5.27. Os que se sentem vinculados genuinamente a essa Igreja, estejam seguros de que subirão com Cristo, respeitando o constante em Mateus 24.13. Em nossa sociedade, a lealdade às igrejas toma o lugar da lealdade a Cristo. Algumas pessoas colocam a igreja acima de Jesus Cristo e servem a igreja acima de tudo. Estas pessoas pensam sobre seu serviço a Deus em termos de encontrar a igreja, juntar-se à igreja, e permanecer fiéis à igreja. Apostasia, para eles, é deixar a igreja. Em termos bíblicos, a igreja é simplesmente aqueles que estão seguindo a Jesus, a família de Deus. Nosso foco, ênfase, e lealdade são para com Cristo. Outras pessoas colocam a igreja entre Cristo e o homem, pensando nela como uma instituição através da qual Deus fala ao homem e o homem a Deus. Mas Cristo é o único mediador entre Deus e o homem (1 Timóteo 2:5). Eu não procuro Deus através da igreja; a igreja é o povo que está procurando seguir a Deus. É Cristo quem deve dominar nossas vidas, não a igreja. Finalizo dizendo que as denominações são estruturas para ajudar a igreja que somos nós, a salvação através de Jesus, caso isso não aconteça ela não serve! Fontes de pesquisa:






http://www.gracaesaber.com/2010/09/igreja-primitiva-e-igreja-de-hoje.html

http://www.estudosdabiblia.net/d40.htm http://leiaabiblia.blog.br/afinal-o-que-e-igreja/

http://www.odiscipulo.com/site/index.php/os-fundamentos/9-sobre-a-igreja

http://igrejanoslares.com.br/category/noticias/licoes-aprendidas/ artigo “Organizational vs. Organic” (por Frank Viola) na Revista Neue, Novembro 2009.



Artigo - Breve histórico – as comunidades cristãs primitivas.

3ª edição publicada em 2008 por Dennis Allan C. P. 60804 São Paulo.

 Artigo- MIGRANDO DA IGREJA INSTITUCIONAL PARA A ORGÂNICA Gerson Lima. JULHO / AGOSTO / SETEMBRO 2002 Volume 17 / Número 2 EDIÇÃO PORTUGUÊS ATOS ( A IGREJA EM CASA).

- Luciano Silva - A IGREJA DE CASA EM CASA.


Fonte: http://ovoluntariodaluz.blogspot.com.br/2016/01/igreja-organica-x-igreja-institucional.html



Igreja Simples (Orgânica) X Igreja Institucional (Organizacional)

Igreja Simples (Orgânica) X Igreja Institucional (Organizacional)

Milhares de evangélicos e igrejas protestantes em todo o planeta dizem que “a Igreja é um organismo e não uma organização.” Infelizmente, para muitos esta expressão se tornou um mero chavão e muitas pessoas não têm a menor idéia do que isso quer realmente dizer na prática. Mas, afinal, como é uma comunidade que realmente vive e se expressa de forma orgânica? Neste artigo,Frank Viola fala a respeito de algumas diferenças entre uma igreja que opera de acordo com instintos e natureza orgânicos e uma igreja que opera como uma organização institucional (ou seja, uma igreja “organizada” ou “institucional”).


Antes de nos aprofundarmos nas diferenças entre uma Igreja orgânica e uma Igreja institucional, permita-me ressaltar que o termo “igreja orgânica” está na moda nos dias atuais. Tornou-se comum diferentes tipos de igrejas usarem o termo para se descreverem. O mesmo acontece com o termo “igreja missional”. Ambas as expressões são como barro, sendo moldadas pelos mais diversos autores de formas diferentes. As vezes, extremamente diferentes.

Dito isso, entendamos que a experiência do Corpo de Cristo é algo totalmente orgânico. Isso é, brota da vida, da vida de Deus, e não de métodos organizacionais humanos. Claramente, a Igreja que vemos no Novo Testamento era totalmente “orgânica”. Em outras palavras, nasceu e foi sustentada por meio de uma vida espiritual, ao invés de ser construída por estruturas humanas. Usarei uma ilustração: uma laranja criada em laboratório não seria orgânica. Mas se eu plantasse uma semente no solo e nascesse uma laranjeira, esta árvore seria orgânica.

Em suma, a diferença entre uma igreja organizada e uma igreja orgânica é tão grande quanto refrescar-se em frente a um ventilador e ir para fora em um dia fresco. É a mesma diferença entre a General Motors e uma horta.


Organização X Organismo

Vejamos de forma mais específica as diferenças entre uma expressão orgânica de igreja e uma forma organizada (ou institucional) de igreja:


Na Igreja institucional, a forma precede a vida da igreja. A Igreja começa com clérigos, cargos, programas, rituais, etc.
Já em uma expressão orgânica, a forma da Igreja deriva da vida Igreja, assim como a forma do corpo humano deriva da vida do ser humano.

Igreja institucional se sustenta no ministério de um clérigo ou ministro profissional.
Em uma expressão orgânica de Igreja, não há clérigos ou ministros.

Na Igreja institucional, o clero se empenha em entusiasmar os leigos.
Igreja orgânica não reconhece tal distinção de classes.

Na Igreja institucional, certas funções estão limitadas aos “ordenados”.
Igreja orgânica reconhece todos os membros como sacerdotes atuantes.

Na Igreja institucional, seus congregantes são mantidos passivos durante o culto de domingo.
Na Igreja orgânica, todos os membros são encorajados a participar nas reuniões da Igreja.

Na Igreja institucional, os membros associam a Igreja a um prédio, uma denominação ou um culto (normalmente no domingo).
Na Igreja orgânica, enfatiza-se que as pessoas não vão à Igreja. Elas (juntas) são a Igreja. Essa não é uma mera afirmação “teologicamente correta”. É a experiência de seus membros.

Igreja institucional é unida em torno de um conjunto de costumes e doutrinas.
Igreja orgânica é unida em torno de Jesus Cristo. Não há nenhum outro critério para a comunhão.

Igreja institucional é sustentada por programas.
Igreja orgânica se sustenta nas relações construídas em Jesus Cristo.

Igreja institucional depende de finanças para sobreviver – seus gastos principais são com a manutenção de prédios e cargos assalariados.
Igreja orgânica não depende de edifícios. Não há clérigos assalariados. Os recursos financeiros são gastos com “os pobres entre vós” e em obras extra-locais.

Na Igreja institucional, a liderança é hierárquica.
Na igreja orgânica, a liderança emana do Corpo. No início, apóstolos  equipam a Igreja e, posteriormente, presbíteros emergem para juntos supervisionarem a comunidade.

Na Igreja institucional, as decisões são feitas por clérigos ou por uma junta de representantes eleitos.
Na Igreja orgânica, decisões são tomadas coletivamente, em consenso.

Na Igreja institucional, o pastor é o líder e ministro da Igreja.
Na Igreja orgânica, há uma pluralidade de pastores. Eles são homens dotados para cuidar do rebanho.

Na Igreja institucional, há uma forte ênfase na frequência dos cultos de domingo, na manutenção do edifício e no aumento das finanças.
Na Igreja orgânica, a ênfase é buscar o Senhor Jesus Cristo coletivamente, em comunhão “cara a cara”. Todas as outras coisas nascem a partir desta experiência.

Igreja institucional faz essencialmente a mesma coisa semana após semana, mês após mês, ano após ano – está atada a um ritual.
Igreja orgânica passa por fases. Não está atada a um ritual.

Na Igreja institucional, dons são vistos como cargos. Pessoas são colocadas nestes cargos desde o princípio.
Na Igreja orgânica, dons não são vistos como cargos, e sim como funções. Eles emergem natural e organicamente com o tempo. Eles brotam da terra, e normalmente não carregam títulos.

Na Igreja institucional, é típico que os membros não se conheçam muito bem, e se vejam apenas semanalmente nos cultos da igreja.
Igreja orgânica é sedimentada na comunhão. Os membros são como uma família uns para os outros. Eles vivem uma vida compartilhada em Cristo.



Extraído e adaptado do artigo “Organizational vs. Organic” (por Frank Viola) na Revista Neue




CNPJlatria



Que o advento literário de Frank Viola, Neil Cole, Wolfgang Simson e outros pensadores estava causando um discreto “zum-zum-zum” nos bastidores da Igreja institucionalizada, eu já sabia. Mas ao que parece, depois de algumas décadas, a Igreja nos Lares está finalmente chamando a atenção da Igreja Institucional.

Artigos estão sendo escritos a respeito daquilo que alguns chamam de MSI ou “movimento sem igreja”. Muitos destes artigos estão partindo da pena de irmãos de orientação reformada, e é irônico que alguns destes reformados, 500 anos depois da Reforma Protestante, soem tão católicos em seu corporativismo exacerbado:

“Fora da ‘Santa Madre Igreja’ não há Igreja …”
Realmente, comprova-se que a história não muda, somente se recicla.

Muitos vêem e se referem com desdém àqueles que decidiram sair das capelas e adorar o Senhor na simplicidade das casas. Estes são tachados pelos denominacionais de “desviados” ou, como mais recentemente se adotou, são rotulados de “desigrejados”.

Mas quem e o que define o que é a Igreja? Um “templo”? Uma determinada liturgia? Um pastor ordenado por uma “respeitada instituição”? Um CNPJ? Uma placa pendurada do lado de fora do edifício?

Ora, amigos, se estes elementos fossem vitais para a existência da Ekklesia, seguramente o Senhor nos especificaria, com riqueza de detalhes, qual o procedimento jurídico a ser adotado para que uma comunidade de discípulos seja oficialmente reconhecida como Igreja. Ou ao tipo de liturgia a ser adotada para que um “culto” tenha o selo de aprovação de Deus. Se assim fosse, as Escrituras também dariam ênfase na construção de “casas de adoração” (ou templos) para legitimizar uma comunidade de discípulos como “Igreja”. Mas, surpreendentemente, nada disso vemos nas Escrituras.

Gostaria de lembrar os adeptos do Sola Scriptura que nenhum destes elementos caracterizou a Igreja do primeiro século. Na verdade, tais coisas eram totalmente estranhas àquilo que os primeiros discípulos chamavam de Ekklesia. Para a primeira geração de cristãos, a Igreja era simplesmente um grupo de pessoas regeneradas em Cristo que amavam a Deus, se serviam mutuamente e, em seu Nome, se reuniam de casa em casa para partir o pão, orar e ler as Escrituras (na época porções do AT e as cartas apostólicas). Esta pode até ser uma descrição simplista de Igreja para alguns, mas é exatamente esse o retrato que as Escrituras nos dão da Verdadeira Igreja.

Assim, não há nada que biblicamente impeça um grupo de cristãos que apresentam as características acima de ser chamado de Ekklesia. E quem não enxerga a igreja fora dos emaranhados institucionais seguramente sucumbiu ao danino processo da institucionalização.

Filhos “Legítimos” vs Filhos “Bastardos”
Há uma diferença entre um cristão que participa de uma Igreja institucional e um cristão institucionalizado. É possível estar na instituição sem ser institucionalizado. Alguém pode ser parte de uma denominação e, mesmo assim, desenvolver e nutrir uma visão de Reino (e não de feudo/organização). Este participa de Igreja A ou B por uma questão de convicção e conveniencia pessoais, mas jamais menospreza ou anatemiza outros irmãos em Cristo que possuem uma expressão de Corpo diferente da sua (tenho diversos amigos que se encaixam nesta categoria).

Já para um cristão institucionalizado, Deus é seu Pai e a Instituição (Católica, Batista, Assembleiana, Presbiteriana, Metododista) é a sua Mãe. São os filhos da “Santa Madre Igreja”. Surpreendentemente, a “Santa Madre Igreja” não é algo exclusivamente católico, mas está bem enraizado na Igreja Protestante. Pode ser que não apareça no chavão, mas sem dúvida é bem visível na prática.1

Um cristão institucionalizado enxerga o Reino de Deus somente pelas lentes da instituição da qual faz parte. O DNA de sua “Mãe” predomina sobre o DNA de Cristo. Qualquer pessoa que não saia das entranhas de sua “Mãe” não é seu irmão, na pior das hipóteses. Ou, na melhor das hipóteses, é um filho bastardo (mesmo pai, mães diferentes) sem direito ao mesmo sobrenome e portanto à mesma herança do filho “legítimo”.

Os cristãos institucionalizados confudem a Noiva de Cristo com seus vestidos (estruturas religiosas) e elevam os andaimes (estruturas religiosas) ao mesmo nível do Edifício de Deus a ponto de, na falta de algum destes elementos cosméticos (edifício, liturgia, CNPJ, etc), já não conseguirem enxergar a Ekklesia. Este é um caso óbvio de MIOPIA ECLESIOLÓGICA, ou CNPJlatria.

Pedras que dão à luz
Quando João Batista foi levantado para profetizar e batizar no deserto, a religião institucionalizada da época enviou emissários para perguntar-lhe quem era ele e quem lhe havia dado autoridade para fazer o que fazia. Ao mesmo grupo de religiosos, João Batista se dirigiu duramente, repreendendo aqueles que ostentavam sua linhagem para advogar privilégios diante de Deus. A estes, João disse que até mesmo de pedras Deus poderia fazer nascer filhos de Abraão.

Este é uma advertência válida nos dias de hoje a todos aqueles que permitiram que o espírito religioso do orgulho denominacional inflamasse seu ego: se Deus pode fazer com que pedras dêem à luz filhos de Abraão, certamente tem poder para fazer nascer filhos de Deus também: pessoas sem linhagem denominacional, sem a linguagem e os costumes igrejeiros de nossos tempos, com vestimentas e pregação diferentes, mas que no entanto estão em sintonia com o que o Espírito está dizendo às igrejas.

Benditas sejam as pedras que dão à luz em tempos em que as mulheres são estéreis.

Conclusão
As instituições religiosas estão passando pelo crivo do pós-modernismo. Sem dúvida Deus ainda usa a Igreja institucional, mas é preciso reconhecer que muitos de seus elementos representam modelos da Igreja Moderna que procuram atender às necessidades de uma geração pós-moderna (que está em busca de uma religião menos litúrgica e mais relacional, de carne e osso).

A Igreja Orgânica busca preencher o vácuo deixado pelas comunidades que se engessaram pelo institucionalismo. A Igreja Orgânica não é G12. Não é “Movimento Sem Igreja”. Tampouco é uma comunidade anárquica. A Igreja Orgânica é uma comunidade de cristãos que apresenta todos os elementos da Ekklesia que a Bíblia nos retrata, dispensando somente os outros elementos que, com o passar dos séculos, foram sendo agregados ao modus operandi da Igreja – certas coisas que os CNPJólatras confundem com a própria Ekklesia em si, mas que não obstante não fazem parte de sua natureza: são somente elementos humanamente criados, totalmente dispensáveis à vida da Ekklesia.

Nota
[1] Este amor denominacional em exagero é comum no coração daqueles que foram tomados por um espírito religioso, semelhante ao dos religiosos dos tempos de Cristo. Tais colocam o nome de uma determinada organização acima do Reino. Eles ignoram que o Reino de Deus é muito maior do que a ínfima organização que representam. Um pouco de conhecimento sobre a História da Igreja talvez traria algumas rachaduras a este orgulho institucional, pela conscientização de que suas organizações são relativamente novas comparadas com a idade da Igreja do Senhor (não remetem aos tempos apostólicos) e que um dia suas instituições também foram consideradas grupos rebeldes e filhotes desgarrados da “Santa Madre Igreja” da época.

© Pão & Vinho


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