sábado, 31 de outubro de 2015

A IGREJA MAL REFORMADA

Hoje dia 31, é comemorado o dia da Reforma Protestante, para muitos evangélicos um dia de festa e comemorações... houve de fato uma reforma?
Foi feita apenas uma pintura na parede, colocou-se um quadro novo, mas o interior dela continua o mesmo, não houve mudanças, se houveram elas tiveram seu tempo estornado pelos interesses daqueles que sempre desejaram o poder, os melhores lugares, enquanto o sacerdócio de todos os santos continuava abafado para que não houvesse uma oposição aos preceitos criados pelo então querido Martinho Lutero, que para poucos que sabem, morreu padre católico, sua história não foi estimável quanto parece, e não quis de fato causar uma grande afronta aos costumes daquela época e nenhuma mudança além das suas 95 teses apresentadas por ele é anexada ante a porta da Catedral...
Se nos tempos apostólicos eram difíceis, que dirá do nosso; as mesmas indulgências que eram vendidas ainda são em nossos dias, porém com roupagem mais elegante... em nome de mamon muitos tem se corrompido da fé, matado seus irmãos e lançados nos calabouços da mediocridade teológica, onde prosperidade é mais importante que santidade.

Neste dia 31, diga não a falsa reforma!!!

Levante a bandeira do Evangelho da Graça que é de graça, onde todos fomos chamados por Deus para o exercício do seu sacerdócio na terra, de se posicionar contra a ditadura gospel que humilha os fracos, os não institucionais, sem religião, mas que amam o Evangelho do Reino!!!

A Igreja pós Reforma confundi e mistura movimento com avivamento, unção com vocação, dízimo com coleta, dom com cargo, judaísmo com cristianismo, lei com graça, Jeová com Jesus, igreja com Israel, templo com salão, doutrina com cultura e etc.
Antes a igreja era uma unidade convergente, mas hoje se tornou uma unidade divergente! Por isso hj vivemos uma espécie de "monoteísmo policristão", ou seja, a igreja acredita em 1 Deus, mas prega vários Cristos, pois cada ministério pinta Jesus de um jeito apresentando várias personalidades de Cristo!
Razão: Antes a igreja era apostólica, depois virou estatal e hoje é privatizada pelos homens!

Resultado: Alguns ministérios comercializaram todas as bênçãos e endemonizaram todos os problemas! Outros uniformizaram o cristianismo inventando moda na igreja vivendo um evangelho de aparência! Outros inventaram as campanhas sensacionalistas e se tornaram reféns delas pra obterem vitória e outros ungiram tudo achando que qualquer problema se resolve com banho de óleo!
Conclusão: Hoje vemos de tudo na igreja: dinastia, plutocracia, autocracia, pastorcracia, legalismo, judaísmo, capitalismo, sincretismo, misticismo, nepotismo, formalismo, radicalismo, superstição e até homossexualismo, mas menos cristianismo!
Crítica: Então o que os outros chamam de igreja eu chamo de sistema, de palavra eu chamo de política, de santificação eu chamo de alienação, de doutrina eu chamo de ditadura, de libertação eu chamo de lavagem cerebral, de pastores eu chamo de manipuladores! Pois estão pregando preferência e não referência, pastorcracia e não democracia, teologia parcial e não imparcial, egocêntrismo não cristocêntrismo estão fazendo robôs e não discípulos!

O fato é que Jesus fundou uma igreja sem placa, sem templo, sem dízimo, sem campanha e sem dia santo! Jesus fundou uma igreja informal, mas os homens que fizeram deus, formalizaram e politizaram o cristianismo criando uma igreja tributária e burocrática:uniformizando, capitalizando, musicalizando e potencializando o cristianismo! 

Os mercenários transformaram o dízimo em imposto da fé, as denominações em comércio e a igreja numa empresa religiosa! Mas o problema não está na igreja original e genuína fundada por Jesus Cristo e sim num sistema religioso fundado por homens disfarçado de igreja que fabrica um povo acéfalo para depois usa-lo como massa de manobra! Por isso não bebo do veneno que o sistema me traz o controle remoto não me domina mais! O que adianta ser politicamente correto e biblicamente incorreto?! Cuidado se vc não se informa o sistema te deforma! Saber é poder diga não a "ocultura"!


A igreja precisa de uma nova reforma e os pentecostais de um reavivamento e o cristianismo autênticar sua identidade, pois a igreja está mal reformada e vivendo uma falsidade ideológica! Queremos um cristianismo apostólico e autêntico e não romano, sincretizado e transgênico!

http://sharingthekingdom.blogspot.com.br/2011/05/wolfgang-simson-15-teses-sobre.html

http://www.gruponews.com.br/2009/12/15-teses-sobre-a-reencarnacao-da-igreja.html

http://igrejanoslaresemaltinho.blogspot.com.br/2011/05/15-teses-sobre-reencarnacao-da-igreja.html

https://www.youtube.com/watch?v=KtvlOcFADj8

sábado, 17 de outubro de 2015

A Liturgia das Reuniões da Igreja Primitiva


O que a igreja fazia em suas reuniões nos lares? Como era a programação, ou a liturgia?
Impressionantemente, não há no Novo Testamento nenhuma liturgia descrita ou indicada, nem mesmo um padrão ritualístico que possa ser imitado. Sabemos pelo livro de Atos que eles comiam juntos em suas casas e que “partiam o pão”. Além disso, sabemos que oravam e estudavam a “doutrina dos apóstolos”. Mas, não sabemos se comiam no começo das reuniões, no meio ou no fim delas, nem se o momento do estudo bíblico era antes ou depois das refeições ou das orações.

A melhor pista que temos a respeito do que acontecia nas reuniões das igrejas do primeiro século é encontrada em 1 Coríntios 14.26-33, que diz:

“Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em uma língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja. Se, porém, alguém falar em língua, devem falar dois, no máximo três, e alguém deve interpretar. Se não houver intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.
Tratando-se de profetas, falem dois ou três, e os outros julguem cuidadosamente o que foi dito. Se vier uma revelação a alguém que está sentado, cale-se o primeiro. Pois vocês todos podem profetizar, cada um por sua vez, de forma que todos sejam instruídos e encorajados. O espírito dos profetas está sujeito aos profetas. Pois Deus não é Deus de desordem, mas de paz.”

Nesta passagem, dá para sabermos o que acontecia nas reuniões das igrejas bíblicas. Cada pessoa podia compartilhar, durante a reunião da igreja, um salmo (uma música), uma palavra de instrução, ou uma revelação (ou profecia). Como ainda não havia presbíteros naquela igreja à época que Paulo escreveu esta carta, ele recomendou que todos os que não eram profetas deviam julgar as profecias dadas pelos que tinham este dom, para que não ocorressem profecias falsas. Um irmão poderia dar uma palavra em uma língua estranha, desde que fosse acompanhada pela adequada interpretação. Cada um podia usar seus próprios dons nas reuniões da igreja! E todos os irmãos deveriam participar, sendo um de cada vez, com ordem, conforme a orientação do Apóstolo, “pois Deus não é Deus de confusão”.

Um quadro bem diferente do que se vê nas congeladas liturgias das igrejas chamadas de históricas, ou nas liturgias tipo “feira-livre” das igrejas ditas pentecostais.

O que acontecia primeiro? Bem, se esta passagem expressa uma liturgia da igreja primitiva, uma seqüência de ações que aconteciam de forma padronizada nas reuniões das igrejas, a liturgia era:

1. Músicas ou poesias. Cânticos eram entoados por alguns irmãos ou poemas eram declamados, enquanto os outros ouviam.
2. Pregações ou estudos bíblicos diversos. Ministrados por quaisquer irmãos que tivessem algo a compartilhar, e não só pelos presbíteros-pastores ou diáconos.
3. Profecias. Duas ou três pessoas a cada reunião, dotadas com o dom espiritual da profecia, podiam profetizar, uma após a outra. E os outros precisavam julgar o conteúdo das profecias dadas (talvez como os Bereanos faziam, auditando-as segundo as Escrituras!).
4. Línguas. Os que tinham o dom espiritual de falar outras línguas, faziam uso dele, se, e somente se, tivesse quem as interpretasse.

Antes ou depois dessas coisas, talvez fossem realizadas as refeições e as orações. Em algum momento da reunião, também ocorria o recolhimento de ofertas para os necessitados e para o sustento dos apóstolos-missionários.

Que liturgia fantástica! Uma pessoa incrédula que visitasse uma igreja que se reunisse assim, ficaria impressionada (ou escandalizada)! Ou se converteria ou odiaria de vez os cristãos.

Por outro lado, caso a passagem não expresse uma liturgia fixa, temos aí listadas apenas as suas práticas, que podiam ocorrer em ordens variadas nas reuniões. Se era assim, nenhuma reunião era igual à outra, em termos de liturgia. E mais, talvez não aconteciam todas essas práticas em todas as reuniões.

Assim, apesar de organizada, ou a igreja primitiva não tinha uma liturgia pré-fixada para suas reuniões, ou ela tinha uma liturgia bastante flexível e, principalmente, completamente participativa.

Não há uma só indicação, no Novo Testamento, da liturgia engessada como vemos nas igrejas institucionais de hoje. Essas liturgias são mais ou menos assim:

· Oração inicial – feita por uma “autoridade eclesiástica” do “clero”.
· Música – dirigida pelos “ministros de música”;
· Recolhimento de ofertas e dízimos – feito geralmente pelos diáconos;
· Oração de consagração pelas ofertas e dízimos – feita por autoridades da igreja;
· Pregação do sacerdote ou pastor;
· Apelo;
· Ceia do Senhor (em alguns dias), cujos elementos (pão e vinho) são primeiro consagrados por presbíteros e depois distribuídos também por eles. Nas igrejas católicas, a distorção neste ponto é ainda maior.
· Cântico final – dirigido pelo pastor.
· Oração final (geralmente de bênção “apostólica”).

Como se chegou a este tipo de liturgia? Isto não dá para abordar neste artigo. Aliás, não preciso escrever sobre isto. Leia o livro Cristianismo Pagão de Frank Viola e você descobrirá[1]. Mas é visível a diferença litúrgica entre as participativas e vibrantes reuniões da igreja primitiva nas casas e das seletivas e congeladas reuniões das igrejas de hoje, nos templos. Se um cristão primitivo viajasse no tempo e chegasse numa igreja de hoje, teria um ataque nervoso. Talvez, tomasse a palavra do pastor ou do padre e, aos gritos, chamasse a atenção de todos para voltar às origens, em nome de Jesus.

Somente uma pequena parte das pessoas na moderna igreja institucional atua nas suas reuniões – o “clero”, enquanto a maior parte das pessoas apenas assiste passivamente, ou recebe o “serviço”, (como os americanos do norte chamam o culto). Um modelo que minora este aspecto seletivo elitista clerical nas igrejas institucionais é o que chamam de rede ministerial. Porém, este modelo nem chega perto das reuniões da igreja primitiva. Aliás, é um modelo inspirado no Velho Testamento. Mais uma vez o odre velho!

Enfim, o modelo encontrado no Novo Testamento, o modelo bíblico de igreja, no tocante à liturgia não é o institucional; é o modelo das igrejas nos lares.

Marcio Rocha

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[1] Este livro pode ser baixado gratuitamente no site da editora restauração – www.editorarestauração.com.br

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